Total de visualizações de página

sábado, 28 de maio de 2011

Artigo Professor tambem é vitima de bullyng

ARTIGO PUBLICADO NO DIARIO DE SANTA MARIA E NO JORNAL DO SINDICATO:
ARTIGO

PROFESSOR TAMBEM É VITIMA DE BULLYING

Profª Luci Duartes

                     Comum hoje em dia é falar em bullying. O que parece novidade nada mais é, do que uma pratica antiga. Em nossa época de estudante já existia, não com uma palavra americanizada, mas que tem como significado, constrangimento, humilhação, o colocar uma pessoa em situação vexatória constantemente, como por exemplo, apelidar uma pessoa, intimidar uma pessoa... Praticas essas, muito corriqueiras no dia a dia de nossas escolas.
                   É normal recebermos em nossas Escolas mães, pais, ou responsáveis por crianças ou adolescentes, exigindo que se tome providencias em relação a pratica de bollying que seu filho, sua filha vem sofrendo de colegas na escola, chegando muitas vezes irem até as Secretarias de Educação, as Coordenadorias de Educação cobrar dessas uma atitude, pois a seu ver as Escolas não estão fazendo nada, o que normalmente não é verdade, chegando inclusive irem ao extremo de registrar ocorrência policial, porque seus filhos sofreram bullying.
                 Agora, dificilmente, e por que não dizer nunca se escutar falar de “bullying” contra professores, o que posso afirmar é normal, e  acontece diariamente dentro de nossas escolas,  isso não é levado tão a serio. Por quê? Será que é porque professor não é pessoa, é só professor? Não é ser humano? O professor não tem o direito de se sentir humilhado?  Se sentir ameaçado?  Ser colocado em situação vexatória perante seus alunos? Se sentir perseguido por um aluno? Agora fica a pergunta isso também não é “bullying”?
                  Quando um aluno é chamado de “gordo”, de “quatro olho”, de “macaco”, de “bruxa”, de “orelhudo” e por ai afora, o pai, a mãe os responsáveis vão imediatamente até a Escola pedir uma atitude contra quem esta praticando o bullying.  Porem quando uma professora é chamada de “veia”, “mal amada”, “capenga”, “segueta”,  “solteirona”, dentre tantos outros pejorativos  que não se pode nem colocar aqui, é o que? Quando esse mesmo professor é agredido fisicamente se faz o que?
               Ai se chama o pai, a mãe, o responsável pelo aluno, pela aluna, e se houve deste, que o professor, a professora, e a Escola estão “pegando no pé” do aluno, afinal o aluno é uma criança, é um adolescente, e que o professor tem que saber entender essa fase que eles estão passando. Ou ainda nos dizem “eu não vou, tenho mais o que fazer, vocês são pagas para cuidar do meu filho”
                  Ao acontecer o bollying contra um aluno se diz que ele pode ficar traumatizado, ter seqüelas no futuro, que pode até precisar de um acompanhamento psicológico pelo fato ocorrido. Mas e o professor? Este não pode ficar traumatizado? Não pode ter algum tipo de seqüela que traga problemas para continuar exercendo sua profissão? Não pode necessitar de um acompanhamento psicológico?
                 Se as situações constrangedoras envolvendo professores não é “bullying”, é o que? Qual o nome que deveremos dar? Que atitude deveremos tomar? Se os pais, ou responsáveis pedem punição a um aluno que praticou o bullying contra um colega, o que deveríamos ou deveremos pedir a um pai, uma mãe, um responsável quando seus filhos agem da mesma forma contra um professor?
               Esta na hora do professor também fazer valer os seus direitos de “ser humano”. Afinal “direitos humanos” devem amparar a todos. “Se os alunos têm todos os direitos” do mundo, eles também têm seus deveres. O professor tem o dever de ser um bom professor, um encantador professor. Mas este mesmo professor também tem o direito de ser respeitado como pessoa, como “ser humano” que é.

Professora, coordenadora pedagógica/SMEd
lbzd@hotmail.com


Nenhum comentário:

Postar um comentário